“Se você se separar de mim, eu vou tirar seu filho.” Essa ameaça, infelizmente, é mais comum do que se imagina. Muitas mulheres, especialmente mães que criam os filhos sozinhas ou estão em relacionamentos abusivos, vivem sob a pressão constante do pai que ameaça tirar o filho da mãe, como forma de controle emocional, alegando que ela pode perder a guarda da criança.
Em um momento de separação ou conflito, essa frase se torna uma arma usada para gerar medo, insegurança e paralisar qualquer tentativa de romper com o ciclo de violência.
É importante dizer, com clareza: o pai não pode simplesmente tirar o filho da mãe.
Qualquer decisão sobre guarda deve ser analisada e determinada pela Justiça, sempre com base no melhor interesse da criança, não por ameaças ou imposições feitas em momentos de raiva.
Neste conteúdo, vamos esclarecer o que diz a lei em relação à guarda, quando a mãe pode, de fato, perder a convivência com o filho, e como reagir de forma segura às ameaças do genitor.
Também vamos explicar o que caracteriza alienação parental, como identificar esse comportamento e qual é o papel do advogado na proteção jurídica da mãe e da criança.
Se você está passando por isso ou teme que isso aconteça, saiba que você não está sozinha. Há caminhos legais e seguros para garantir a sua proteção e a do seu filho. Acompanhe!
Em quais casos o filho pode ser separado da mãe?
A separação de uma criança da mãe só pode ocorrer por decisão judicial fundamentada, e sempre com base no que for melhor para a criança.
A Justiça pode determinar a guarda ao pai apenas em casos extremos, como:
- Comprovação de abandono, negligência grave ou maus-tratos;
- Violência doméstica comprovada contra o filho;
- Incapacidade da mãe de prover cuidados básicos (alimentação, saúde, moradia);
- Dependência química severa sem acompanhamento ou tratamento;
Fora essas situações, a mãe não perde a guarda apenas porque o pai quer. Não é o medo, o grito ou a ameaça que determina quem fica com a criança — é a lei.
Existe prioridade na guarda dos filhos?
Sim. A legislação brasileira estabelece que a guarda compartilhada é a regra, mas a residência principal da criança pode ser com a mãe ou com o pai, de acordo com a rotina, o vínculo e o bem-estar da criança.
Na prática, os tribunais costumam manter a criança com quem:
- Já exerce o papel principal nos cuidados diários
- Oferece estabilidade emocional e financeira
- Demonstra mais equilíbrio no processo da separação
- Tem melhores condições de convivência com a criança
Ou seja: a guarda não depende de quem “ameaça mais”, mas de quem efetivamente cuida.
Como reagir a ameaças do pai tirar os filhos da mãe?
Se o pai está te ameaçando dizendo que vai “tomar” o filho, especialmente durante uma crise, briga ou separação, isso pode configurar violência psicológica e ameaça e deve ser tratado com seriedade.
O que você pode (e deve) fazer:
Documente tudo
- Guarde prints de mensagens, áudios, e-mails ou qualquer registro das ameaças;
- Anote datas, horários e situações em que as ameaças ocorreram.
Registre boletim de ocorrência
Se a ameaça for constante ou envolver violência verbal, física ou psicológica, registre imediatamente um B.O. Isso é fundamental para sua proteção e da criança.
Procure um advogado ou defensoria pública
Com orientação jurídica, você poderá pedir judicialmente a regulamentação da guarda, com base na realidade dos cuidados com o filho e no histórico de ameaças.
E se o pai estiver praticando alienação parental?
A alienação parental acontece quando um dos genitores tenta afastar a criança do outro por meio de mentiras, manipulações ou influência emocional negativa.
Se o pai está:
- Dizendo ao filho que a mãe quer “se livrar dele”;
- Tentando virar a criança contra a mãe durante ou após a separação;
- Proibindo o filho de falar com a mãe ou dificultando o contato;
- Colocando a criança no meio de discussões de forma prejudicial.
Isso pode ser denunciado como alienação parental, e o juiz pode aplicar sanções contra o pai. O que pode ocasionar advertências, multas, inversão da guarda ou até suspensão de visitas.
O mais importante é: não aceite esse tipo de manipulação calada. Tudo que for contra o bem-estar emocional da criança precisa ser levado à Justiça.
O papel do advogado para garantir a guarda e a segurança dos filhos
Contar com um advogado especialista em Direito de Família faz toda a diferença nos momentos de conflito envolvendo filhos.
O advogado poderá:
- Ingressar com ação de guarda e regulamentação de visitas;
- Pedir medidas protetivas em casos de ameaça ou violência;
- Representar você em audiência de conciliação e instrução;
- Denunciar alienação parental ou condutas abusivas do outro genitor;
- Acompanhar o cumprimento das decisões judiciais.
Além da segurança jurídica, o advogado atua com estratégia, rapidez e proteção emocional, orientando cada passo da forma mais segura possível.
Fale com nossos advogados e proteja o que é seu por direito. Se você está vivendo uma situação de ameaça, medo ou insegurança em relação à guarda dos seus filhos, nossa equipe pode te ajudar.
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